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Sobre aprender outras línguas

·3296 palavras·16 minutos
Opinião Relato Inglês Videogames
Luiz Glomyer
Autor
Luiz Glomyer
Sou apaixonado por conhecimento, sempre busco aprender novas coisas e me aprimorar como pessoa.
Tabela de conteúdos

Sou autodidata em língua inglesa e muito já me perguntaram sobre como eu aprendi este idioma e cheguei no nível em que estou hoje.

Resposta simples: jogue videogames!

Resposta real: não existem soluções simples para problemas complexos.

Se tratando da língua inglesa, considero que todos deveriam aprendê-la e dominá-la. Hoje em dia o inglês é algo universal e pervasivo, sendo praticamente impossível não entrar em contato com ele de alguma forma. A nossa própria cultura já é uma mescla de conteúdo nacional e internacional, presente desde as músicas que ouvimos até os filmes e séries que assistimos (que muitas vezes não traduzem nem o título para nossa língua!).

Como eu aprendi
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Vou sintetizar a maneira como aprendi o inglês:

Obs: estou longe de ser um perito em linguagem, isto é apenas um relato pessoal acerca do modo no qual percebo o aprendizado de idiomas, incluindo alguns padrões e macetes que notei com o passar do tempo. Na dúvida, take it with a grain of salt!

Quando eu era uma criança de uns 10 anos eu gostava de jogar jogos em meu celular. Naquela época, celulares eram bem mais rústicos e os jogos muitas vezes bem simplificados por conta do baixo poder de processamento. Reinava a tecnologia J2ME, jogos baseados em Java, bastava ter um arquivo de em .jar que qualquer celular conseguia executá-lo. Navegando em sites que disponibilizavam esses .jar, me deparei com um jogo de nome e piadas engraçadas, Fênix Veríssimo, um jogo no qual você entra na pele de um advogado e deve defender o seu cliente no tribunal. Ele me chamou a atenção pois era totalmente em português, raridade na época.

Isso aqui já deve ser lost media

A história prendia e o gameplay era estranhamente engajante. Entretanto, o jogo só possuía o primeiro capítulo e ele era curto tal como um tutorial de meia hora. Eu queria mais, mas não havia mais, então rejoguei este pequeno prólogo várias vezes e deixei o jogo pra lá. Uns poucos anos depois, o destino me apresentou um jogo chamado Phoenix Wright: Ace Attorney, era o mesmo advogado que eu conhecia, mas com um pequeno detalhe: o jogo era totalmente em inglês! Apesar disso, eu quis jogar mesmo assim, mesmo que eu não entendesse tudo. E aqui começa a grande sacada de como aprender inglês.

Análise do contexto
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Eu, com meus 12 anos, sabia apenas o básico do básico. Red é vermelho, house é casa e várias outras palavras que todos devem conhecer de uma forma ou de outra. Era um conhecimento baseado puramente em substantivos, eu nem conhecia verbos. Então além de necessitar aprender vocabulário (as palavras do idioma), eu também deveria aprender gramática (as regras que regem aquele idioma). Nessa época não era tão fácil traduzir texto, o Google Tradutor ainda era bem rústico e suas traduções muitas vezes passavam longe do significado real. Como aprender num cenário destes? Analisando o contexto. Observe a seguinte frase (exemplo 1):

The red house is big and simple.

É uma frase fácil pois usa palavras bem comuns. Mas digamos que só sabia que red era vermelho e que house era casa. Só com essa informação já é possível extrair o fato de que a frase está tratando de uma casa que é da cor vermelha. É possível também absorver, deduzir ou inferir as informações que estão faltando: simple se parece com a palavra simples, então é possível supor que correto em traduzir desta forma e tomar isto como base para o meu entendimento da frase. E a partir do contexto podemos ir além: se essa frase aparece em uma história em quadrinhos, por exemplo, temos em conjunto com texto uma referência visual para nos embasar, conseguindo assim observar de que se trata de uma casa maior que o comum e, pela forma como foi desenhada, simples e comum. Com isso, consigo deduzir que big talvez signifique “ser grande”, aprendendo assim uma nova palavra. A tradução da frase é:

A casa vermelha é grande e simples.

Agora, uma frase um pouco mais complexa (exemplo 2):

So, as I came closer, I noticed that it had some dry blood on the statue.

Para um iniciante, esta frase é difícil. A complexidade se dá por conta de seu tamanho e de sua estrutura. Entretanto, se analisarmos o contexto em que estamos inseridos, um jogo investigativo cujo objetivo é achar o real assassino de um crime e que se passa numa corte, conseguimos entender o significado da mensagem de forma facilitada. Assim como o exemplo anterior, podemos separar as principais palavras dessa frase em “núcleos” que definem as principais informações. Ao meu ver, existem de 2 a 4 palavras que formam o núcleo desta frase. São elas, em ordem de importância:

  • blood (sangue)
  • statue (estátua)
  • dry (seco)
  • I (eu)

Nós, seres humanos, utilizamos a linguagem para comunicar as ideias que estão em nossas cabeças. As palavras que expressamos delimitam a ideia que estamos tentando transmitir. O ponto é que não precisamos saber o significado de todas as palavras para entender a mensagem, basta saber o contexto e delimitá-lo conforme o nosso conhecimento atual das palavras empregadas. Se eu só conheço blood, sei que se trata de sangue. Mas só saber que se trata de sangue abre margem a incontáveis possibilidades diferentes, portanto são necessárias mais palavras. Na seguinte tabela faço um comparativo da quantidade de palavras conhecidas e os possíveis significados dos quais podemos extrair do exemplo 2.

Palavras conhecidasSignificado inferido
bloodExiste sangue. Ocorrência de sangue.
blood + statueSangue na estátua. Sangue da estátua (como se ela sangrasse ou como se o sangue fosse uma de suas características próprias). Estátua cor de sangue.
blood + statue + drySangue seco na estátua. Estátua seca cor de sangue.
blood + statue + dry + IEu [alguma coisa] sangue seco na estátua

Conforme mais palavras são conhecidas, mais o contexto é delimitado e mais aparente fica o significado real da frase. Neste processo, analisamos e descartamos as possibilidades que não nos parecem condizentes com a realidade. Usando o senso comum, se eu conheço apenas as 3 primeiras palavras muito dificilmente vou pensar que a frase se trata de “sangue seco da (sangrado pela) estátua”, pois na maioria das situações esta interpretação não faz sentido. Pode até fazer sentido se estivermos falando de um livro de fantasia, mas na maioria das vezes uma frase destas não fará sentido e será falsa. Todo entendimento se baseia no contexto em que estamos inseridos, se tivermos referências além do próprio texto, melhor ainda. Se o exemplo 2 fosse acompanhado da seguinte imagem, não restariam dúvidas do significado da frase.

Mão com luva segurando estátua coberta de sangue

Eu diria que estes núcleos costumam ser substantivos ou verbos. As palavras restantes não são tão importantes para entender o significado geral da frase e, neste momento para o iniciante, podem ser ignoradas. O intuito é subir um degrau por vez, primeiro aprender os núcleos da mensagem (significado e tradução) e depois as palavras que lhes são complementares, como preposições e advérbios. Finalmente, a tradução da frase:

Então, quando me aproximei, eu percebi que havia um pouco de sangue seco na estátua.


Técnicas de aprendizado
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Deduções e inferências são duas técnicas que costumo utilizar em meu aprendizado. Existe uma diferença sutil entre essas duas palavras.

Dedução
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Uma dedução te leva a um ponto único e inequívoco. No exemplo 1, se eu sei o significado de todas as palavas a não ser a palavra big, e se eu também conheço a tradução da frase, é possível facilmente deduzir qual é a tradução desta palavra.

A casa vermelha é grande e simples.

PalavraTradução conhecida
TheA
redvermelha
housecasa
isé
big???
ande
simplesimples

Deduzimos desta forma que big significa grande. Este fenômeno de conhecer o significado de toda a frase mas desconhecer uma ou duas palavras acontece com uma frequência relativamente alta e é uma rotina a qual devemos nos adaptar. A dedução resolve esse problema por meio da análise de contexto e de quebra ainda te ensina uma palavra nova.

Inferência
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Já uma inferência é algo mais probabilístico. Em geral, não é possível ou não é ideal deduzirmos um novo significado de primeira pois o significado que descobrimos pode valer apenas para aquele contexto e ser diferente em outro. Vamos analisar o uso da palavra point (ponto).

She has a point

A tradução é “Ela tem um ponto”, com sentido de “Ela tem razão neste quesito”. Esta frase costuma ser utilizada em contextos de pessoas discutindo. Se deduzirmos que point significa exclusivamente “razão” teremos problemas em outros contextos:

The tennis player scored a point

A tradução é “O tenista marcou um ponto”. Se nos basearmos puramente na dedução equivocada, poderíamos entender algo como “O tenista marcou uma razão”, o que não faz sentido algum. Isto ocorre pois existem palavras que mudam de significado a depender da maneira como são inseridas na frase. A inferência proporciona, então, uma ideia geral daquele significado específico naquele contexto específico, é uma generalização um pouco mais restrita já que o significado descoberto pode ou não ser aplicável a outro caso.

A técnica de inferência se baseia na análise de padrões e similaridade entre diversos casos distintos. É tentar absorver a sensação que a palavra traz naquele contexto específico. Isto é importante pois as palavras que conhecemos podem ter novos significados a depender de sua colocação. Por exemplo, olha só quantos significados existem para a palavra point:

Puxando um pouco para o lado computacional, eu diria que a técnica de inferência é uma espécie de “aprendizado de máquina” para nós. Quanto mais nós lemos, mais teremos exemplos de como as palavras se comportam em diferentes situações e mais acuradas serão as nossas inferências.

Gráfico exemplificando o método de classificação no aprendizado de máquina supervisionado
Fonte: AlgoDaily

Mesmo os chamados falso cognatos, palavras com escrita parecida mas diferentes significados em múltiplos idiomas, não são tão ruins quanto parecem ser. Por terem a mesma classe gramatical seus significados equivocados soam naturais em uma frase, além de que muitos deles possuem significados um tanto quanto próximos do real. Contanto que o estudante aprenda a tradução real com o passar do tempo, falsos cognatos não são tão danosos assim, afinal:

  • colégio não é tão diferente de faculdade (college)
  • livraria não é tão diferente de biblioteca (library)
  • parentes não é tão diferente de pais (parents)

Exposição ao idioma
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Cena do anime Azumanga Daioh

Tudo depende do quão muito você se expõe ao idioma que se deseja aprender. Estudar em um intervalo de tempo fixo no dia e parar por ali mesmo não costuma ser efetivo, nós devemos tentar nos expor e absorver o máximo de conteúdo possível no idioma estrangeiro. Passar a assistir séries e filmes legendados em inglês, passar a prestar atenção nas letras das músicas, passar a ler livros em seu idioma original. É de fato a criação de um novo hábito.

O ideal é unir o útil ao agradável e focar nas coisas de melhor agrado a você. Não adianta ler um livro em inglês se você o lê só para aprender e não tem um interesse legítimo nele, caso contrário a sua experiência de aprendizado se tornará massante e você irá se frustrar. Vá atrás de coisas que são interessantes e divertidas para você

Ao meu ver, as melhores mídias para se aprender inglês são aquelas que são “paradas”, ou seja, em que as palavras podem ser lidas naturalmente e com calma. Entram nesta lista histórias em quadrinhos, livros, grande parte dos videogames e até mesmo sites na internet. Em contraponto, músicas, filmes e séries são um material mais dificultoso pois são mídas que são executadas “em tempo real”, ou seja, você deve ativamente pausar o material, interrompendo assim o fluxo de uma cena de ação, por exemplo, o que torna a experiência bem cansativa.

A imersão é o modo no qual as crianças costumam aprender seus idiomas nativos. Mas diferentemente delas, adultos não possuem a mesma neuroplasticidade, ou capacidade de moldar o cérebro, por isso demoramos bem mais para aprender novas habilidades. Se tivermos uma exposição constante ao idioma o nosso cérebro irá interpretá-lo como sendo comum ao seu ambiente. Cada contato com a língua inglesa deve ser enxegada como uma oportunidade nova de aprendizado.

Conteúdo escasso em nossa língua
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Inúmeras pessoas aprendem por mera necessidade. Assim como o meu caso com o jogo Ace Attorney, muitas vezes um material não possui tradução ou só é disponibilizado em inglês, umm fato que costuma ser extremamente comum com material de nicho (filmes cult, animes obscuros, artigos científicos…). Isto te força a sair da zona de conforto e não necessariamente aprender, mas entender o que está expresso na obra, o aprendizado da língua acaba sendo a consequência de seu esforço.

Grandes fontes de informação na internet existem apenas na língua inglesa, ou quando existem traduções, estas costumam ser escassas. O site TV Tropes é um perfeito exemplo disso, o site é uma mina de ouro de análise de obras da cultura pop, mas apenas uma minúscula fração de todas as suas páginas estão traduzidas para o português. Vamos comparar o conteúdo das duas versões:

Comparação entre as versões em português e inglês do site TV Tropes
Observe a diferença de tamanho e qualidade entre os dois idiomas

O artigo em língua portuguesa possui menos conteúdo se comparado ao de língua inglesa, o tamanho geral do artigo é menor, faltam parágrafos (talvez por estar desatualizado) e muitos de seus links apontam para páginas que não existem. Este é um dos grandes problemas de se achar conteúdo em nossas línguas maternas, qualquer que seja o país. É mais fácil centralizar toda uma base de conhecimento em um só idioma (inglês) do que traduzir toda essa base múltiplas vezes para cada um dos idiomas existentes em nosso planeta, caso contrário seria um trabalho que demandaria significativo esforço.

Armadilhas comuns
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Certas coisas mais atrapalham do que ajudam o seu aprendizado.

Aprender múltiplas línguas: cuidado com o foco para o qual você destina sua energia. Algumas pessoas se empolgam e tentam aprender dois ou três idiomas ao mesmo tempo e isto costuma ser um tiro no pé; uma hora a empolgação acaba e a real dificuldade aparece, resultando em desistências. Também devemos analisar a verdadeira necessidade de aprender um novo idioma. Falo isso pois vejo casos de pessoas poliglotas que aprendem 3, 4, 5 línguas diferentes mas que no fim das contas não tiram real proveito delas. É um aprendizado sem foco no uso prático. Se as línguas não são usadas de forma constante ou corriqueira na vida de alguém, o tempo investido pode não valer à pena.

Traduzir na cabeça: quando se é iniciante, pode parecer natural pegar uma frase em inglês e traduzí-la para o português. Entretanto, isto não é o ideal. Veja o porquê:

  • Falante de língua portuguesa: frase em português -> entendimento
  • Falante de língua inglesa: frase em inglês -> entendimento
  • Falante de língua portuguesa: frase em inglês -> frase em português -> entendimento

Foi adicionado um passo a mais ao nosso processo de entendimento. Isto significa que se traduzirmos as frases de inglês para o nosso idioma estaremos realizando certo esforço cognitivo adicional, deixando o nosso entendimento mais lento. Para combater este caso, devemos aprender a extrair e absorver o significado das coisas já na língua inglesa. Por exemplo, se eu leio a palavra ball o ideal é entender automaticamente no processo de leitura de que se trata de uma bola, sem sequer pensar na tradução da palavra. Isto é algo um pouco mais avançado mas essencial para a fluência, afinal, a tradução age como um obstáculo do entendimento automático. Uma maneira de adaptar o cérebro é começar a pensar em inglês, ter pensamentos que não sejam em nossa língua.

Aprender com músicas: isto é arriscado para um iniciante pois letras de músicas empregam com frequência figuras de linguagens como metáforas, metonímias e personificações, dificultando traduções inequívocas e o entendimento em si. No início de nossa jornada necessitamos de uma base sólida de vocabulário, adquirir vocabulário onde reina a linguagem figurada pode causar confusão.

Duolingo
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Mascote do duolingo desenhado com uma faca na mão
Assassinando o seu tempo. Fonte: Drawception

O Duolingo, embora seja um aplicativo extremamente bem feito, é uma grande armadilha.

Primeiro, irei falar de seus pontos positivos. Duolingo é sem dúvidas um excelente meio para democratizar o ensino de línguas estrangeiras. Com uma interface intuitiva, visual e efeitos sonoros agradáveis, conquista a nossa atenção sem muito esforço. A grande sacada deste app é a sua gamificação, o processo de aprendizado se torna um jogo que recompensa o jogador a cada acerto e lição aprendida com pontos de experiência, responsáveis pela formação de um ranking semanal. Aprender novas palavras e avançar de nível se torna divertido.

O grande problema do Duolingo é a sua falta de efetividade. Cada lição tem por foco aprender cerca de 5 palavras em aproximadamente 5 minutos. São mostradas aplicações diferentes destas palavras e você deve formar frases de forma correta com elas, e depois novamente, como fixação. Depois, a gameficação exige que você refaça a mesma lição umas 5 vezes para torná-la completa. Temos aqui um caso de repetibilidade exacerbada, você deve fazer a lição mesmo que saiba metade destas palavras, apenas para marcá-la como completa. Diferentemente de um método de repetição espaçada você é impossibilitado de sinalizar quais palavras você já possui domínio.

Outro problema é a simplicidade de suas lições. Para tornar o aprendizado divertido o usuário deve sentir que está evoluindo, e para isto acontecer as frases devem ser fáceis, acarretando em frases com estruturas gramaticais pobres. Caso as lições fossem difíceis o usuário provavelmente iria se frustrar com erros frequentes e iria desinstalar o aplicativo, portanto ele nunca é propriamente desafiado ou mesmo retirado de sua zona de conforto. Observe esta lição sobre comida, ela se resume a aprender palavras sortidas e suas combinações em frases que sequer passam de 4 palavras, algumas com somente duas. Aprendizado minimalista?

Algo que ocorre com frequência é a mudança de foco: muitos passam a usar o aplicativo como jogo/passatempo e se esquecem de seu real objetivo, que é aprender um novo idioma. O conceito de metas diárias faz parecer que temos uma certa obrigação que, depois de ser cumprida, nos libera do aprendizado da língua até o dia seguinte. As ofensivas exigem um esforço diário do usuário, que é penalizado caso deixe de usar o aplicativo durante um dia. Desta forma, acontece um loop: o usuário se exercita pouco e de forma rasa com as lições, se sente dispensado de aprender pelo restante do dia e volta no dia seguinte, absorvendo a mesma quantidade diminuta de informação. Existem também os usuários que se dedicam em ficar no topo dos rankings semanais, realizando grind de lições mais fáceis para obter pontuação de forma mais rápida.

Este aplicativo, no longo prazo, se torna uma enorme perda de tempo. Sozinho ele é incapaz de levar alguém à fluência por conta de sua metodologia rasa. É muito mais proveitoso aprender com algo mais próximo da realidade do que sofrer da ilusão de aprendizado que a gamificação traz consigo.

Conclusão
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O esforço para aprender inglês parte unicamente de você. Não é uma jornada fácil. Se apegue ao básico e vá evoluindo aos poucos. Em geral, eu recomendo adquirir suas habilidades nesta ordem de importância:

  1. aprender a ler (vocabulário, reconhecer padrões)
  2. aprender a escrever (fixar os padrões)
  3. aprender a ouvir
  4. aprender a falar

Sempre ao lado de uma aplicação real da língua, como um livro ou uma série. Existem detalhes que você só irá pegar vendo as coisas na prática, como sotaques regionais e trocadilhos. Eu particularmente julgo o fato de conhecer trocadilhos uma boa métrica para definir se você possui um bom nível de inglês, eles demonstram o seu entendimento integral acerca da língua. E se você consegue entender trocadilhos fonéticos, você é certamente avançado.

Screenshot do jogo Phoenix Wright: Ace Attorney
Alguns trocadilhos são fáceis

Exemplo de trocadilho fonético
Outros são difíceis. Não há Duolingo que te ensine a entender isto